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Memorial do Holocausto não foi atingido na Ucrânia, afirma repórter israelense

O presidente Volodymir Zelensky chegou a criticar os ataques

O repórter Ron Ben Yishai, do jornal israelense Yediot Ahronot, no monumento , Babi Yar, em Kiev Foto: Reprodução
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Na terça-feira 1, o chefe do Gabinete da Presidência ucraniana, Andriy Yermak, havia afirmado que ataques aéreos atingiram o Memorial do Holocausto Babyn Dar, em Kiev.  No entanto, nesta quarta-feira 2, um jornalista israelense que visitou o monumento confirmou que o local não foi atingido. 

“Ontem, o governo ucraniano divulgou informações enganosas sobre os danos ao local, incluindo a monumentos e à área de sepultura judaica. Tudo isso, vi com meus próprios olhos depois de um passeio abrangente pelo local, não corresponde à realidade”, escreveu Ron Ben Yishai, em um artigo no jornal israelense Yediot Ahronot.

O memorial está localizado próximo a uma torre de televisão, alvo do ataque russo. Três mísseis atingiram o transmissor, interrompendo temporariamente a programação da emissora local de televisão. 

Segundo o governo ucraniano, cinco pessoas teriam morrido no local. 

Pelas redes sociais, ainda na terça-feira, o presidente Volodymir Zelensky criticou os ataques ao monumento.

“Para o mundo: qual é o ponto em dizer ‘nunca novamente’ por 80 anos se o mundo fica quieto quando uma bomba cai no mesmo lugar de Babi Yar? Pelo menos cinco mortos. A História se repete”, escreveu Zelensky no Twitter

Em comunicado, o presidente do Conselho Consultivo do memorial, Natan Sharansky, disse que “Putin procura distorcer e manipular o Holocausto para justificar uma invasão ilegal de um país democrático soberano, o que é totalmente abominável. É simbólico que ele comece a atacar Kiev bombardeando o local do Babyn Yar, o maior massacre nazista”.

O memorial é um registro do maior massacre nazista cometido durante da Segunda Guerra Mundial, onde foram mortos mais de 34 mil judeus, em setembro de 1941. 

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