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Há brasileiros entre os reféns do Hamas em Gaza, diz Israel

Ainda não há confirmação por parte do governo federal de quantos são os brasileiros mantidos reféns do conflito

Partiu do Exército de Israel a informação de que brasileiros estão entre os reféns do Hamas em Gaza. Foto: JACK GUEZ / AFP
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Israel informou na manhã desta quarta-feira 11 que há brasileiros entre os reféns do Hamas em Gaza. A declaração foi feita pelo porta-voz do Exército israelense, Jonathan Conricus.

No vídeo em inglês, divulgado nos perfis oficiais do Ministério da Defesa de Israel, Conrius diz que, além dos brasileiros, argentinos, estadunidenses, alemães, italianos e ucranianos são algumas das outras nacionalidades de pessoas detidas pelo Hamas no conflito.

Não há, no entanto, confirmação por parte do governo federal, via Itamaraty, de que os brasileiros estão no grupo de reféns. O número de pessoas daqui que estariam aprisionados pelo grupo Hamas também não foi informado pelos israelenses. Fala-se na transmissão que o total de reféns pode estar na casa de centenas.

Ao relatar a situação, Conricus usou o fato de civis de outros países estarem no grupo mantido pelo Hamas para sustentar o argumento de que o conflito não é apenas uma questão de Israel, mas também de outras nações.

“Estamos comprometidos em libertar estes reféns. […] Mas este desafio não é apenas de Israel, e sim de muitos outros governos democráticos no mundo”, insistiu o porta-voz na transmissão.

Até aqui, o Brasil confirma apenas a morte de duas pessoas no conflito e o desaparecimento de uma brasileira. Os falecimentos são de Ranani Glazer e Bruna Valeanu. Já o desaparecimento é de Karla Stelzer. Os três participavam da rave em Gaza atacada pelo Hamas no sábado.

Nesta quarta, o primeiro voo com brasileiros resgatados na zona de conflito chegou a Brasília. Ao todo, a aeronave da FAB transportou 211 pessoas que pediram ajuda do governo para retornar ao Brasil. Outros cinco voos estão previstos até domingo como parte da missão de resgate.

Estima-se que 900 pessoas retornarão ao País até sábado com a operação. São, até aqui, mais de 2 mil pedidos de repatriação protocolados.

Mortes passam de 2 mil

Esta quarta marca o início do quinto dia de conflitos entre Israel e Hamas. Na terça, o governo local informou que ampliou o cerco à Gaza e preparou uma ‘ofensiva total’ na região. Os militares comunicaram, ainda, terem sido liberados de ‘todas as restrições’ para atuar na zona de confronto.

A ação tende a escalonar o volume de violência na batalha. As mortes passam de 2 mil, sendo 900 do lado palestino e 1,2 mil do lado israelense.

Também nas últimas horas, cresceu a preocupação com a ampliação da zona de guerra para além da Faixa de Gaza. O disparo em fronteiras com Síria e Líbano indica que Israel levará a batalha também para estes países.

O grupo xiita Hezbollah reivindicou os disparos contra áreas dominadas por militares israelenses nas suas fronteiras. Israel, por sua vez, já disparou contra regiões na Síria. Um possível envolvimento do Irã na escalada de violência em Gaza, ainda incerto e não confirmado, também aumenta o volume da tensão no Oriente Médio.

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