Justiça

Toffoli paralisa julgamento que pode levar Collor à prisão

Recurso protocolado pelo ex-presidente no STF é uma das últimas medidas para tentar reverter sua condenação

Toffoli paralisa julgamento que pode levar Collor à prisão
Toffoli paralisa julgamento que pode levar Collor à prisão
O ex-presidente Fernando Collor. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Apoie Siga-nos no

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, suspendeu o julgamento de um recurso apresentado pelo ex-presidente Fernando Collor contra a decisão que o condenou a uma pena de quase 9 anos de prisão. O caso foi suspenso por um pedido de vista do ministro, feito na sexta-feira 9.

Pelo regimento do Supremo Tribunal, Toffoli tem até 90 dias para devolver a ação para julgamento. O caso está sendo analisado no plenário virtual da Corte e é uma das últimas medidas possíveis para que o ex-presidente tente reverter a decisão que pesa contra ele. A Procuradoria-Geral da República já defendeu a recusa do recurso.

O recurso em questão trata-se de um embargo de declaração contra a decisão que condenou Collor a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele foi, segundo o STF, beneficiado em um esquema criminoso montado na BR Distribuidora. A ação ocorre no âmbito da Operação Lava Jato. Outros dois aliados do político também foram condenados.

Segundo a decisão, relatada pelo ministro Edson Fachin, ficou provado que Collor recebeu 20 milhões de reais para facilitar contratos da BR Distribuidora com a UTC Engenharia. O caso data dos anos 2010 e 2014.

No julgamento do recurso, interrompido pelo pedido de Toffoli, apenas o ministro Alexandre de Moraes votou. Ele optou por negar os embargos protocolados pelo alagoano. Caso seja seguido pelos demais ministros, a ordem de prisão de Collor poderá ser expedida.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo