Justiça

Quando Lula anunciará o substituto de Lewandowski no STF, segundo aliados

Segundo interlocutores ouvidos por CartaCapital, o petista avalia anunciar o próximo ministro da Corte após a viagem que fará a China

Foto: EVARISTO SA / AFP
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não deve adiar a indicação para a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal com a aposentadoria de Ricardo Lewandowski.

Segundo aliados ouvidos por CartaCapital, o petista pode anunciar o próximo ministro da Corte na volta da viagem que fará a China.

Há possibilidade ainda, de acordo com esses auxiliares, de o presidente anunciar o escolhido para a vaga antes de embarcar rumo ao país asiático.

Lula foi aconselhado por pessoas próximas a aguardar a aposentadoria da ministra Rosa Weber, prevista para outubro, e fazer um anúncio único de indicações às vagas abertas em cortes superiores. A recomendação, contudo, não deve ser seguida pelo petista.

Além da vaga aberta no Supremo, o presidente ainda tem direito a indicar outros três ministros do Superior Tribunal de Justiça. Os magistrados Felix Fischer e Jorge Mussi aposentaram-se nos últimos meses, já o ministro Paulo de Tarso morreu no sábado 8 devido a um câncer.

A possibilidade de um anúncio conjunto foi levada a Lula por parlamentares sob o argumento de que, assim, o presidente evitaria um desgaste com a provável indicação de Cristiano Zanin. O advogado – que defendeu o petista na Lava Jato – é considerado o favorito entre os cotados para a vaga.

Além de Zanin, está no páreo ainda está o ex-secretário-geral do STF Manoel Carlos de Almeida Neto, que conta com apoio de Lewandowski.

Outros nomes foram ventilados ao longo dos últimos meses, a exemplo dos juristas Lenio Streck e Pedro Serrano, do ministro do Superior Tribunal de Justiça Luis Felipe Salomão e do presidente do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas.

Há, ainda, setores da sociedade a defenderem a indicação de uma mulher negra. Um grupo de juristas lançou, em março, um texto intitulado Manifesto por Juristas Negras no Supremo Tribunal Federal, reivindicando que o sistema de Justiça brasileiro tenha “o máximo de espelhamento das diversidades humanas do povo”.

Jamais uma mulher negra ocupou uma posição no STF. A Corte, criada em 1891, só teve integrantes mulheres a partir do ano 2000, quando a ex-ministra Ellen Gracie tomou posse.

Durante um café da manhã com jornalistas na quinta-feira 6, do qual CartaCapital participou, o presidente Lula disse não ter pressa para escolher o sucessor de Lewandowski. “Acho que tem mais gente preparada para ir à Suprema Corte do que tinha quando eu tive que escolher, há 13 anos”, destacou.

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