Justiça
Operação da PF frustra plano de fuga de chefes do PCC
Mulher do traficante Marcola é um dos alvos
A Polícia Federal e o Departamento Penitenciário Nacional deflagraram, nesta quarta-feira 10, uma operação contra um grupo de criminosos suspeitos de planejar fugas de chefes do Primeiro Comando da Capital, o PCC, presos em penitenciárias federais em Brasília (DF) e Porto Velho (RO).
Ao todo, a operação mista cumpre 11 mandados de prisão preventiva, 13 pedidos de busca e apreensão, no Distrito Federal; nas cidades de Campo Grande e Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul; e em São Paulo, Santos e Presidente Prudente, no estado de São Paulo.
Entre os alvos está a esposa do traficante Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola.
Em março, ele foi transferido da Penitenciária Federal de Brasília, onde estava preso desde 2019, e não se tem notícia da unidade de destino do traficante condenado a 330 anos por diversos crimes.
Marcola e outros integrantes da organização constavam de uma lisa de presos que seriam resgatados.
Segundo apuração dos agentes da corporação, além do resgate dos apegados, a organização criminosa também planejava o sequestro de autoridade para conseguirem negociar a soltura de outros integrantes.
A operação cumpriu a decretação da prisão de três advogadas investigadas na ação e parentes dos chefes da facção.
Conforme apuração da PF, o grupo possui uma rede de comunicação entre os presos e os suspeitos de planejarem os resgates. A troca de mensagens seria intermediada por advogados durante visitas aos clientes.
Em nota, o Departamento Penitenciário Nacional informou que os presos envolvidos ingressaram nos presídios federais em fevereiro de 2019, “justamente em decorrência da descoberta, pelas autoridades do estado de São Paulo, de plano de fuga que, à época, já estava em articulação por tais líderes, então custodiados na Penitenciária Estadual de Presidente Venceslau II”.
Segundo o órgão, “foi possível a compilação de elementos de prova suficientes para a identificação e agora a interrupção das ações criminosas”.
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