Moraes nega novo pedido de progressão de regime feito por Daniel Silveira

Além de rejeitar a progressão, o ministro também multou em 2 mil reais o advogado Paulo Cesar Rodrigues de Faria por litigância de má-fé

O deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) exibe a medalha da Ordem do Mérito do Livro, que recebeu nesta sexta-feira (1) Brenno Carvalho / Agência O Globo

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O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes negou, nesta quinta-feira 4, o pedido de progressão de regime de cumprimento de pena feito pelo ex-deputado federal Daniel Silveira. 

O principal argumenta da defesa é que o ex-congressista fazia jus ao benefício da progressão de regime fechado para o semiaberto, pois cumpriu 16% da pena imposta. A conta feita pelos advogados já englobava a remissão de pena de 140 dias, dos quais o ex-parlamentar teria direito em razão de estudos e trabalho. 

Ao analisar o pedido, Moraes pontuou que os cálculos para remissão de pena são processados pela Justiça e que a defesa deveria ter pedido a expedição de nova certidão, onde constariam os dias reduzidos.

Isso porque, segundo o ministro, o pedido da defesa não considerou que os crimes pelos quais o ex-parlamentar foi condenado – cometidos mediante emprego de violência ou grave ameaça – aumentam a proporção da progressão de regime para 25%. 

Além de negar a progressão, Moraes ainda impôs a multa de 2 mil reais ao advogado Paulo Cesar Rodrigues de Faria por litigância de má-fé. O ministro considerou que o advogado apresentou inúmeros pedidos idênticos à Corte, sendo vários deles baseados em argumento já afastados pelo STF. 

Silveira cumpre pena integralmente, de oito anos e nove meses de prisão, no Rio de Janeiro, desde o final de maio de 2023. A condenação refere-se a um vídeo publicado por ele em fevereiro de 2021 nas redes sociais com xingamentos, ameaças e acusações contra ministros do STF.


Em abril de 2021, o ex-parlamentar chegou a receber um indulto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas o perdão foi invalidado pelo STF. 

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1 comentário

joao medeiros 4 de abril de 2024 16h37
Pelo jeito o crime organizado está com medo e doido por uma anistia. Caso seja aceito tomará conta definitivamente da moral, ética e destino da nossa nação. Estaremos condenados eternamente em berço esplêndido a inutilidade e mentiras descaradas. Força CNJ e STF hora de educar e isolar estes corruptos e corruptores. Tenho fé que agora é a hora!

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