Justiça

Moraes dá cinco dias para PGR se manifestar sobre soltura de Anderson Torres

O pedido de liberdade foi feito pelos advogados do ex-ministro de Bolsonaro na segunda-feira 10

Foto: Divulgação/STF
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste, dentro do prazo de cinco dias, sobre o pedido de liberdade feito pela defesa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres.

A determinação de Moraes foi publicada nesta quarta-feira 12. Como é habitual, a decisão de Moraes sobre a soltura ou não de Torres será tomada após a manifestação. Neste período, ele avaliará os argumentos da defesa do bolsonarista, que alegam que Torres não oferece risco às investigações e pedem que a prisão seja substituída por medidas cautelares. O pedido de liberdade foi feito pelos advogados na segunda-feira 10.

No pedido de soltura, a defesa também citou a situação da família de Anderson Torres. “Após a decretação da custódia cautelar do requerente, suas filhas, infelizmente, passaram a receber acompanhamento psicológico, com prejuízo de frequentarem regularmente a escola”, diz um trecho do documento. “Acresça-se a isso o fato de a genitora do requerente estar tratando um câncer”.

Os advogados do ex-ministro também alegam que Torres estaria deprimido e sem se alimentar na prisão. “Entrou em um estado de tristeza profunda, chora constantemente, mal se alimenta e já perdeu 12 quilos”, afirmam os advogados.

Ele está preso preventivamente desde o dia 14 de janeiro em função das investigações sobre os atos golpistas ocorridos no dia 8 daquele mês. Na ocasião, Torres estava à frente da Secretaria de Segurança do Distrito Federal. O inquérito no STF apura suposta omissão na contenção dos atos.

Uma minuta de golpe encontrada na sua residência amplia as suspeitas sobre sua participação nos atos. Mais tarde, um ‘boletim de inteligência’ com a lista de cidades do Nordeste que davam vantagem a Lula (PT) no primeiro turno também foi revelada. O documento, suspeita-se, foi produzido a pedido de Torres e usado nas blitzes da PRF que tentaram criar dificuldades para eleitores chegarem nos locais de votação. Os fatos engrossam a ação contra o bolsonarista.

(Com informações de Agência Brasil)

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