Justiça

CNMP adia novamente julgamento sobre PowerPoint de Dallagnol contra Lula

Caso seria analisado nesta terça-feira 18, mas foi remarcado para 25 de agosto; defesa teme prescrição

O ex-procurador e ex-integrante da força-tarefa da Operação Lava Jato Deltan Dallagnol. Foto: Lula Marques
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O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) adiou mais uma vez o julgamento do procurador Deltan Dallagnol sobre a apresentação que apontou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como líder de um esquema criminoso na Petrobras.

O caso seria analisado nesta terça-feira 18. Com o adiamento, pode ser debatido na sessão de 25 de agosto.

Na ocasião da apresentação, Dallagnol usou a plataforma PowerPoint para fazer as acusações contra Lula durante coletiva de imprensa em 14 de setembro de 2016.

Para o ex-presidente, houve parcialidade na condução dos processos contra ele, argumentando que houve constrangimento público à sua imagem e reputação, como também para sua esposa, de modo a “estabelecer um julgamento midiático com vistas a cooptar a opinião pública em favor da tese acusatória”.

O petista registrou que a peça acusatória teria sido disponibilizada para a imprensa sem que tivesse sido incluída no sistema processual da Justiça Federal, impossibilitando o acesso da defesa.

No requerimento, Lula pediu que “os procuradores da República implicados sejam impedidos de utilizar a estrutura e recursos do Ministério Público Federal (MPF) para manifestarem posicionamento políticos ou, ainda, jurídicos que não estejam sob o espectro de suas atribuições”.

A defesa de Lula tem preocupação que o caso prescreva em setembro. Para os advogados Cristiano Zanin e Valeska Martins, os membros do MPF podem sair ilesos.

Nas redes sociais, a presidenta do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), protestou contra o adiamento da análise do caso.

“Há quatro anos, o CNMP adia o dever de julgar o pedido de abertura de processo contra Deltan Dallagnol, pelo escândalo do PowerPoint. Com a sessão de hoje, são 41 adiamentos. O caso vai prescrever e o CNMP sinaliza que todo abuso de autoridade é permitido”, escreveu a parlamentar.

O caso seria analisado em julgamento que poderia afastar Dallagnol da força-tarefa da Lava Jato. Contudo, na véspera da sessão, a situação do procurador foi aliviada com decisões do ministro Luiz Fux, que determinou a desconsideração de uma advertência, e do ministro Celso de Mello, que suspendeu dois processos.

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