Justiça
CNJ analisa nesta terça-feira desvios de conduta da juíza Gabriela Hardt, ex-Lava Jato
O empresário Tony Garcia acusa a magistrada de ter se “omitido” diante da denúncia feita por ele contra Sergio Moro e promotores da Operação
O Conselho Nacional de Justiça julgará, nesta terça-feira 20, um suposto desvio de conduta cometido pela juíza Gabriela Hardt, que atuou na 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pelos processos da Operação Lava Jato.
A ação no CJN analisa se a magistrada teria se omitido após ser alertada sobre possíveis ilegalidades cometidas pelo ex-juiz Sergio Moro e pelos procuradores da República em Curitiba envolvidos na operação.
A acusação foram feitas pelo empresário Tony Garcia, que alega ter sido um “agente infiltrado” da Lava Jato responsável por gravar autoridades de forma ilegal a pedido da dupla Moro e Deltan Dallagnol.
A defesa do empresário sustenta que Hardt se manteve “inerte” no depoimento de março de 2021, no qual ele relatou supostos “fatos potencialmente criminosos” que teriam sido praticados por Moro e por procuradores do Ministério Público Federal.
No início de junho de 2022, ainda no comando da 13ª Vara, Hardt se declarou suspeita para julgar processos sobre o empresário, por ter protocolado no MPF uma representação contra ele por crime contra a honra.
Em novembro de 2022, ela acolheu um pedido apresentado pelo MPF em 2019 e rescindiu o acordo de colaboração de Garcia, firmado 18 anos antes.
Segundo os advogados, a denúncia feita por Garcia foi levada adiante apenas após o juiz Eduardo Appio, que depois foi afastado da 13ª Vara, tomar providências e enviar o caso ao Supremo.
Em caso de condenação no CNJ, as penas impostas podem variar de advertências até aposentadorias compulsórias.
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