O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), abriu o prazo de 24 horas para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre os pedidos da Advocacia-Geral da União (AGU) em relação à entrega de um vídeo que registrou uma reunião ministerial com o presidente Jair Bolsonaro.
O vídeo em questão foi citado no depoimento do ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, como suposta prova da tentativa de interferência política de Bolsonaro no trabalho na Polícia Federal. Moro alegou ter sido ameaçado de demissão pelo presidente, por discordar da troca no comando da corporação.
Os registros, então, viraram alvo de inquérito. Na terça-feira 5, Celso de Mello determinou que o Palácio do Planalto entregasse a gravação da reunião. Em seguida, a AGU pediu que o ministro reconsiderasse o envio do vídeo, com a justificativa de que o encontro teria tratado de assuntos sensíveis ao Estado.
No entanto, Celso de Mello pede o vídeo na íntegra. Na quinta-feira 7, a AGU voltou atrás e considerou entregar apenas trechos da reunião. Agora, o ministro do STF quer que a PGR opine sobre os pedidos.
Bolsonaro rechaça as acusações de Moro e nega tentativa de interferência na PF. Em entrevista à imprensa nesta semana, o presidente afirmou que o ex-ministro cometeu “crime federal” e que seu depoimento é “mentira deslavada”.
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