Justiça

Após indicação de Zanin, Rosa diz ser ‘ínfimo’ o número de mulheres no Judiciário

A declaração foi concedida durante uma visita do presidente da Finlândia ao Brasil

Foto: Nelson Jr./SCO/STF
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A presidente do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber, afirmou ser “ínfimo” o número de mulheres nos tribunais superiores, durante uma reunião com o presidente da Finlândia, Sauli Niinistö, que visita o Brasil nesta quinta-feira 1º. A declaração ocorre no dia em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oficializou a indicação do seu ex-advogado Cristiano Zanin a uma cadeira na Corte.

Weber perguntou a Niinistö sobre o cenário finlandês e destacou a baixa participação feminina nas instâncias mais altas do Judiciário brasileiro.

“Aqui no Brasil, nós temos muitas mulheres na base da magistratura, na Justiça em primeiro grau, mas o número decresce no intermediário. Na cúpula, nos tribunais superiores, o número é ínfimo”, declarou Weber.

Das 11 vagas no STF, a presidente da Corte e a ministra Cármen Lúcia são as únicas mulheres. Antes, houve apenas a passagem da ministra Ellen Gracie nos anos 2000, por indicação de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

O STF não só apresenta baixa participação de mulheres, como também nunca abrigou uma mulher negra entre os seus integrantes, desde que foi criado, em 1891. Com a aposentadoria do ministro Ricardo Lewandowski, Lula preferiu indicar Zanin.

Especialistas da área já se manifestaram com críticas ao cenário de baixa representatividade no Judiciário e cobraram do presidente da República a indicação de uma mulher negra. Lula terá uma nova oportunidade para indicar um ministro ao STF em outubro, quando será a vez de Rosa Weber se aposentar.

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