Economia
Volkswagen suspenderá os contratos de 800 trabalhadores em São Paulo, diz sindicato
A medida começa a valer em agosto na fábrica de Taubaté, que, segundo sindicato, tem 3,1 mil trabalhadores
A fabricante de veículos Volkswagen suspenderá os contratos de 800 trabalhadores na sua fábrica em Taubaté (SP). A medida, comunicada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região nesta segunda-feira 17, começará em 1º de agosto e valerá por um período de dois a cinco meses.
“Infelizmente, a taxa de juros, a Selic, continua em 13,75% e inviabiliza a venda de carros novos, já que dois terços dessas vendas são feitas por financiamento. Com isso, as montadoras têm enfrentado um acúmulo de veículos em estoque nos pátios”, disse o presidente do Sindmetau, Claudio Batista.
A montadora informou que a suspensão valerá por um turno de produção. A fábrica de Taubaté foi inaugurada em 1976 e, segundo o Sindmetau, emprega cerca de 3.100 trabalhadores.
No primeiro semestre, a companhia chegou a informar que não adotaria mais suspensões nos contratos de trabalho neste ano, após o governo federal anunciar o programa de incentivo à comercialização de carros a preços mais acessíveis.
Na fábrica de Taubaté, vigora um acordo coletivo que garante a estabilidade dos trabalhadores até 2025. Segundo Claudio Batista, desde que o acordo foi firmado, em 2020, “a montadora utilizou um terço dos dias produtivos para aplicar medidas de flexibilização, como layoff, férias coletivas, shutdown, dayoff e banco de horas”.
De acordo com dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, a produção de veículos teve uma queda de 7,1% em junho, na comparação com o mesmo mês de 2022. No total, 189,2 mil unidades foram montadas no País, entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus. Na comparação com o mês anterior, a queda na produção de veículos foi de 17%.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.