Economia

O ‘otimismo’ do Paraguai pela renovação do contrato da Itaipu Binacional

Após 50 anos, os dois países trabalham para revisar trecho sobre as bases financeiras da empresa

O presidente Lula recebe o presidente eleito do Paraguai, Santiago Peña, no Palácio da Alvorada. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
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O presidente eleito do Paraguai, Santiago Peña, afirmou estar “otimista” sobre a assinatura ainda em 2023 da renovação do contrato de gestão da usina Itaipu Binacional. A declaração foi concedida após uma reunião em Brasília com o presidente Lula, nesta sexta-feira 28.

A Itaipu é uma entidade binacional regida por um tratado assinado em 1973 pelo Brasil e pelo Paraguai. A companhia diz ter como objetivo gerar energia elétrica “de qualidade, com responsabilidade social e ambiental, contribuindo com o desenvolvimento sustentável”.

Após 50 anos, os dois países trabalham para revisar o anexo C do Tratado de Itaipu, a dispor sobre as bases financeiras e de prestação dos serviços de eletricidade. A empresa conta com um orçamento anual de cerca de 3,5 bilhões de dólares, dos quais quase 70% destinavam-se ao pagamento da dívida do Paraguai pela construção da hidrelétrica no Rio Paraná, financiada pelo Brasil.

Com a quitação da dívida, em fevereiro deste ano, o anexo pode ser revisado, conforme prevê o tratado.

“Já sabemos o que aconteceu nos últimos 50 anos e, depois de assinado o acordo, a Itaipu foi construída, operada e a dívida foi paga. Hoje, temos o desafio de pensar juntos, de maneira ambiciosa, para os próximos 50 anos”, disse Peña. Segundo ele, Lula é o “líder global mais importante” atualmente.

O presidente eleito afirmou que seu país não busca uma política rentista, mas desenvolvimentista. “O Paraguai quer desenvolver seu país, o Paraguai tem muita gente jovem que quer trabalhar, então hoje estamos buscando uma política econômica que vai gerar emprego”, disse.

De acordo com Peña, o objetivo é construir “uma visão comum” sobre a empresa. “Itaipu é binacional, dos dois, é um trabalho que tem que ser feito com integração. Hoje, esse projeto tem que olhar para o futuro de maneira mais ambiciosa.”

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