Economia

‘Não pode ser um soluço’, diz Gleisi sobre prazo para o Bolsa Família ficar fora do teto

‘Eu acho que a gente tem de ter mais previsibilidade, no sentido de sustentabilidade das políticas’, defendeu a presidenta do PT

A presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, em reunião do Conselho Político da transição. Foto: Magno Romero
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A presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, criticou nesta quarta-feira 23 a possibilidade de o Bolsa Família permanecer por apenas um ano fora do teto de gastos. A PEC da Transição, solução encontrada pelo governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para manter o pagamento do benefício de 600 reais, deve ser apresentada oficialmente nesta tarde.

Na semana passada, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) divulgou uma minuta da PEC, na qual não havia um prazo fixado para o Bolsa Família permanecer fora do teto. Na versão final, deve haver um período definido: quatro anos.

Não há, porém, consenso em relação a aprovar a proposta nos moldes atuais. Líderes do Congresso Nacional acenam com a possibilidade de defender o Bolsa Família extrateto por dois anos ou até por um. Assim, exerceriam pressão sobre o governo Lula para renovar o aval ao programa nos próximos anos.

“Eu acho que a gente tem de ter mais previsibilidade, no sentido de sustentabilidade das políticas. Não pode ser um soluço, você faz por um ano e depois renova. Não vamos acabar com a fome, com a miséria, com as crises no País em um ano. E como queremos uma solução política, que passe pela casa da representação do povo, temos a responsabilidade de oferecer uma solução de um pouco mais longo prazo para dar previsibilidade”, disse Gleisi, em Brasília, nesta quarta.

Segundo ela, há um “ruído” nos debates sobre o prazo a ser fixado para manter o Bolsa Família fora do teto.

“Tem, sim, essa questão do prazo. Tem gente que avalia que não dá para ser indeterminado, tem gente que avalia que dá para ser por quatro anos, tem gente que avalia que quatro anos é muito e teria que ser menor. Ser for para ser um ano, quase que não justifica o caminho legislativo. Tem outros instrumentos. Mas nós queremos, e estamos fazendo um esforço, para que a política resolva isso.”

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