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WikiLeaks se reunirá com Lula e discutirá o caso Assange

O australiano fundou o site que revelou mais de 700 mil documentos confidenciais sobre atividades militares e de espionagem americanas

As chances de a defesa de Assange reverter a decisão são mínimas - Imagem: Justin Tallis/AFP
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O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e sua equipe de transição devem se reunir nesta sexta-feira 25, em São Paulo, com uma delegação do WikiLeaks, para tratar da oposição à extradição de Julian Assange para os Estados Unidos.

Assange fundou o site que revelou, em 2010, mais de 700 mil documentos confidenciais sobre atividades militares e de espionagem americanas, especialmente no Iraque e no Afeganistão.

O encontro de Lula e de outros líderes da América Latina com os editores da plataforma, Kristinn Hrafnsson e Joseph Farrell, é coordenado pela Assembleia Internacional dos Povos.

Hrafnsson e Farrell também têm compromissos previstos no Rio de Janeiro e em Brasília com os grupos de trabalho de Comunicação e de Relações Exteriores do governo eleito.

Assange chegou a ser preso em 2010 e em 2019 e a se exilar no Equador. Atualmente, ele está detido em Belmash, na Inglaterra. No total, o australiano é acusado por 18 crimes e corre o risco de ser condenado a 175 anos de prisão pela divulgação dos papéis confidenciais. 

Em junho, Lula comentou a aprovação concedida pelo Reino Unido à extradição de Assange para os Estados Unidos. “Que crime Assange cometeu?”, questionou. “Se ele for para os EUA, extraditado, certamente é prisão perpétua e certamente ele morrerá na cadeia.”

Em nota, o WikiLeaks diz que “a eventual condenação de Assange por essas publicações criminalizaria todas as etapas do processo jornalístico básico: solicitar, receber, possuir e publicar informações verídicas e de interesse público”.

Pede ainda que os Estados Unidos retirem todas as acusações para “proteger a liberdade de imprensa em todo o mundo”.

Na última segunda-feira 21, os editores do site se encontraram com o presidente colombiano, Gustavo Petro, e seu ministro de Relações Exteriores, Álvaro Duran, no Palácio de Nariño.

Em reunião privada de aproximadamente uma hora, Petro se comprometeu a mobilizar lideranças de outros países da região em uma ação internacional de solidariedade.

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