O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disse nesta quinta-feira 6 que o governo estuda tributar ao menos 500 empresas com superlucros e que, segundo ele, possuem “expedientes ilegítimos” para obter vantagens tributárias, como incentivos fiscais concedidos pelos estados via Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços.
“Nós estamos falando de grandes empresas que têm superlucros, 400 a 500 empresas com superlucros, e que por expedientes ilegítimos, fizeram constar no sistema tributário o que é indefensável”, disse em entrevista à BandNews. “Estamos falando de quem não paga. Hoje quem não paga são as maiores empresas brasileiras”.
Haddad ainda reforçou que a proposta de âncora fiscal, a ser enviada ao Congresso nos próximos dias para substituir o teto de gastos, não prevê aumento dos impostos e terá olhar especial voltado à Saúde e Educação. Além disso, apontou que a regra ajudará a reorganizar as contas públicas ajudará o Banco Central a reduzir a taxa de básica de juros, a Selic, hoje em 13,75%.
O ministro também afirmou que caberá aos parlamentares decidir os alvos da reforma tributária. Atualmente, as discussões sobre o texto da proposta acontecem no grupo de trabalho da Câmara. “Se acabarmos com os privilégios de quem não precisa, a sociedade terá ambiente econômico muito melhor. Não podemos continuar punido trabalhadores para privilegiar meia dúzia de tubarões”, acrescentou.
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