Governo estuda tributar até 500 empresas com ‘superlucros’, diz Haddad

O ministro ainda reforçou que a proposta de âncora fiscal, a substituir o teto de gastos, não prevê aumento dos impostos

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Foto: Sergio Lima/AFP

Apoie Siga-nos no

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disse nesta quinta-feira 6 que o governo estuda tributar ao menos 500 empresas com superlucros e que, segundo ele, possuem “expedientes ilegítimos” para obter vantagens tributárias, como incentivos fiscais concedidos pelos estados via Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços.

“Nós estamos falando de grandes empresas que têm superlucros, 400 a 500 empresas com superlucros, e que por expedientes ilegítimos, fizeram constar no sistema tributário o que é indefensável”, disse em entrevista à BandNews. “Estamos falando de quem não paga. Hoje quem não paga são as maiores empresas brasileiras”.

Haddad ainda reforçou que a proposta de âncora fiscal, a ser enviada ao Congresso nos próximos dias para substituir o teto de gastos, não prevê aumento dos impostos e terá olhar especial voltado à Saúde e Educação. Além disso, apontou que a regra ajudará a reorganizar as contas públicas ajudará o Banco Central a reduzir a taxa de básica de juros, a Selic, hoje em 13,75%.

O ministro também afirmou que caberá aos parlamentares decidir os alvos da reforma tributária. Atualmente, as discussões sobre o texto da proposta acontecem no grupo de trabalho da Câmara. “Se acabarmos com os privilégios de quem não precisa, a sociedade terá ambiente econômico muito melhor. Não podemos continuar punido trabalhadores para privilegiar meia dúzia de tubarões”, acrescentou.

Leia também

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.