Economia

CVM não menciona Americanas, mas diz investigar caso ‘lamentável’ e ‘gravíssimo’

Segundo o presidente da comissão, a busca é por chegar a ‘cada um dos responsáveis pelos acontecimentos’

Foto: Mauro Pimentel/AFP
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O presidente da Comissão de Valores Mobiliários, João Pedro Nascimento, afirmou nesta terça-feira 14 que a entidade tem trabalhado com firmeza na apuração de um caso “gravíssimo”. Em evento do banco BTG Pactual, ele foi questionado sobre episódios que podem abalar a confiança no mercado de capitais.

“A CVM não comenta nenhum caso específico, mas lida com casos rumorosos. Hoje temos um assunto que vem consumindo um esforço muito importante do nosso time. A gente constituiu uma força-tarefa para lidar com este assunto”, respondeu Nascimento.

Segundo ele, “esse assunto é lamentável” e “a CVM não vai poupar esforços para responsabilizar cada um dos responsáveis pelos acontecimentos”.

“Esse assunto é classificado internamente como gravíssimo. Ao mesmo tempo, a gente precisa conduzir de maneira absolutamente responsável, sem antecipar conclusões.”

Trata-se, na avaliação de Nascimento, de um acontecimento que “testou a estrutura de freios e contrapesos do mercado de capitais” e que “demanda uma resposta eficiente”.

Embora não tenha citado qualquer empresa, João Pedro Nascimento se refere à Americanas. Em 11 de janeiro, a varejista informou ao mercado ter encontrado “inconsistências contábeis” de 20 bilhões de reais em seus balanços. Os passos seguintes envolveram a Justiça: primeiro, uma medida de proteção contra credores e, na sequência, a aprovação do início de uma recuperação judicial. A companhia tem dívidas de 42,5 bilhões de reais.

A CVM já anunciou a instauração de inquéritos administrativos contra a Americanas. A autarquia montou uma força-tarefa para investigar o rombo bilionário e em um dos processos em andamento decidiu mirar, também, os chamados “acionistas de referência” da empresa: os bilionários Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles.

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