Economia

CVM abre inquéritos e mira informações privilegiadas na Americanas

A autarquia montou uma força-tarefa para investigar o rombo bilionário nas contas da varejista, que entrou em recuperação judicial

Foto: Nelson Almeida/AFP
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A Comissão de Valores Mobiliários anunciou, nesta sexta-feira 27, a instauração de inquéritos administrativos contra a Americanas, que entrou em recuperação judicial e declarou dívidas de 43 bilhões de reais.

Um dos inquéritos mira possível uso de informação privilegiada, prática conhecida como insider trading. O objetivo é identificar eventuais irregularidades na negociação de ativos de emissão da empresa.

A prática de insider trading se configura a partir do uso de informações privilegiadas para obter lucros e outras vantagens no mercado financeiro. Pode ocorrer, por exemplo, mediante acesso em primeira mão a algum fato relevante, a fim de negociar ativos e ganhar dinheiro.

A outra investigação busca indícios de irregularidades ligadas às chamadas “inconsistências contábeis”, justificativa apresentada pela Americanas antes de entrar em recuperação judicial. Os inquéritos serão conduzidos pela Superintendência de Processos Sancionadores da CVM.

A autarquia montou uma força-tarefa para investigar o rombo bilionário nas contas da Americanas. Em um dos seis processos administrarivos em andamento, decidiu mirar, também, os chamados “acionistas de referência” da empresa: os bilionários Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles.

Segundo a CVM, a instauração dos inquéritos “não implica a conclusão das etapas de análise, apuração e investigação em andamento por meio dos demais procedimentos administrativos abertos pela força-tarefa”.

“Após a investigação e apuração de fatos e eventos, caso venham a ser formalmente caracterizados ilícitos e/ou infrações, cada um dos responsáveis poderá ser devidamente responsabilizado com o rigor da lei e na extensão que lhe for aplicável.”

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