Economia

Campos Neto criou uma baderna e leva brasileiros à miséria, diz ministro

Em feira do MST, Paulo Teixeira reforçou as críticas do governo à condução da política monetária pelo Banco Central

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira. Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
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O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, reforçou as críticas do governo ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, devido à taxa básica de juros, fixada em 13,75% ao ano. A condução da política monetária está no centro da ofensiva do presidente Lula (PT), que não vê razões para o índice da Selic.

Ao participar no sábado 13 da Feira Nacional da Reforma Agrária, promovida pelo MST em São Paulo, Teixeira também ironizou a CPI criada para investigar o movimento. Segundo ele, “vão encontrar coisas gravíssimas: suco de uva feito sem trabalho escravo, arroz integral, milho e soja não transgênica”.

“Mas se quiserem descobrir um homem que está criando uma balbúrdia e uma baderna neste País, vão achar o Roberto Campos Neto, que está fazendo os maiores juros da face da Terra e levando muitos brasileiros à extrema pobreza e à miséria”, afirmou. “Por isso, o MST, cada dia mais, será muito importante para diminuir a desigualdade social no Brasil, incluir o povo na terra e produzir comida.”

Na sexta-feira 12, Campos Neto voltou a defender a decisão do banco de manter a taxa básica de juros em 13,75% ao ano. Em entrevista à CNN Brasil, ele declarou que se a dívida do governo fosse baixa, “o custo do dinheiro seria mais barato para todo mundo”.

“Se você, empresário, está tentando pegar um dinheiro e está caro, a culpa não é do Banco Central, que é malvado. A culpa é do governo, que deve muito”, alegou. “Porque o governo está competindo com você pelo dinheiro que tem disponível para aplicar em projetos. Então, o grande culpado pelos juros estarem altos é que tem alguém competindo pelos mesmos recursos e pagando mais.”

No sábado, o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta, reagiu. “Não é sério. É uma opção de manter juros altos para favorecer o rentismo e impedir o País de crescer”, escreveu o petista nas redes sociais. “Brasil precisa de crédito barato, a economia girar, gerar emprego e criar oportunidades. Sociedade está endividada e refém desta política monetária contrária aos interesses nacionais.”

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