Cultura
Um protesto tímido e poético
Nascida e criada na roça, a autora baiana Luciany Aparecida aposta no fantástico como um caminho para gritar contra injustiças
Mata Doce, título do romance da escritora baiana Luciany Aparecida publicado no fim do ano passado, é também como se chama o quilombo fictício, na Bahia, em que está ambientado o livro. De lá vem a história da personagem Maria Teresa, que muda de nome conforme vai se transformando: é adotada por uma mulher cis e outra transgênero, tem trabalhos manual e intelectual, encontra o amor de sua vida e depois o ódio.
Também a autora varia a assinatura de seus livros. Luciany já foi Ruth Ducaso e talvez volte a sê-la, mas, no momento, decidiu pôr seu nome real, seu corpo e sua alma nas capas e no miolo dos livros.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.