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A técnica do Bope a favor do crime

A história do capitão Adriano da Nóbrega é também aquela do submundo do jogo do bicho e da corrupção policial

Milicianos. Adriano, ligado à família Bolsonaro, ficou famoso nas páginas policiais dos jornais e acabou morto, pelo próprio Bope, na Bahia, pouco antes do início da pandemia – Imagem: Redes sociais
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No texto bíblico, o anjo caído ou decaído é aquele que, ao cobiçar um maior poder, acaba por entregar-se às trevas e ao pecado, sendo expulso do Paraíso. Em uma analogia com a passagem bíblica, no Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), o termo decaído é usado para designar os policiais corruptos ou a serviço do crime. A palavra remete ainda a Lúcifer, o anjo que se rebelou contra Deus.

Essa cultura existente no Bope é explicada na contracapa do livro Decaído, de Sérgio Ramalho, com a seguinte ressalva: “Não que esses policiais se julguem anjos ou demônios. Mas, com os treinamentos que recebem, vem também a capacidade de escolher entre a vida e a morte dos seus alvos”. Trata-se, de certa forma, de um poder divino outorgado a “jovens condicionados à batalha e submetidos a uma rotina de forte estresse”.

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