O presidente Lula (PT) confirmou nesta quarta-feira 20 que anunciará o substituto de Flávio Dino no Ministério da Justiça e Segurança Pública apenas em janeiro de 2024. Até lá, o futuro ministro do Supremo Tribunal Federal seguirá no posto.
Segundo Lula, Dino ficará no governo até o dia 8 de Janeiro. Ele encerrará sua gestão durante o ato em alusão ao 1º ano da tentativa de golpe no País. Nas declarações, Lula não deu sinalizações sobre quem deverá ser o substituto de Dino na pasta.
O anúncio foi feito durante a última reunião ministerial do ano. No encontro, Lula aproveitou a oportunidade para reforçar o pedido a Dino sobre suas futuras declarações públicas como ministro do Supremo.
“Segundo a extrema-direita, foi o primeiro comunista a assumir a Suprema Corte. Eu espero que seja um comunista do bem”, ironizou Lula.
“Ali não pode prevalecer apenas a visão ideológica. Ali, meu caro Dino, com a tua competência, só tem uma coisa que você não pode trair, que é o teu compromisso com o povo brasileiro e com a verdade”, destacou. “Um ministro da Suprema Corte não tem que ficar dando entrevista, não tem que ficar dando palpite sobre voto, ele fala nos autos do processo e é isso que interessa para quem recorre à Suprema Corte”, pediu Lula em seguida.
Nas declarações, Lula informou, ainda, que Dino só deve assumir o posto de ministro do STF, de forma oficial, no dia 22 de fevereiro. Antes, como citado, participará do evento sobre os atos golpistas, sobre o qual Lula cobrou a presença de todos os ministros.
“Estamos convidando um ato para lembrar a tentativa de golpe no dia 8 de Janeiro. O ato vai ser convocado por mim, pelo presidente da Suprema Corte, pelo presidente do Senado e pelo presidente da Câmara”, explicou.
“Então queria lembrar aos companheiros ministros e companheiras ministras que ninguém está pedindo para você não viajar, mas eu estou pedindo a presença de todos os ministros aqui em Brasília no dia 8 de Janeiro”, cobrou o presidente.
O ato ainda terá local definido, mas, segundo Lula, tende a ser no plenário da Câmara dos Deputados ou no Senado Federal.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login