CartaExpressa
Transição diz que MEC não tem como pagar milhares de médicos residentes e bolsistas
Conforme integrantes da equipe de Lula, a pasta não tem limite financeiro para o fim de 2022
O ministro da Educação, Victor Godoy, informou nesta segunda-feira 5 à equipe de transição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que a pasta não tem condições de pagar, em dezembro, os 14 mil médicos residentes de hospitais federais e outros cerca de 100 mil bolsistas da Capes.
Conforme integrantes da transição, o MEC não tem limite financeiro para o fim de 2022. O ex-ministro da Educação Henrique Paim, participante da reunião com Godoy, afirmou que a principal preocupação é “não ter como pagar os serviços já executados para o MEC, para as universidades, para o Inep”.
Na semana passada, o MEC chegou a liberar 366 milhões de reais que haviam sido bloqueados das universidades e dos institutos federais, mas horas depois o governo de Jair Bolsonaro congelou o montante mais uma vez.
“A informação que recebemos é que o MEC está sem limite financeiro. Obviamente está negociando com a área econômica, mas essa é a preocupação imediata”, explicou Paim nesta segunda.
Segundo ele, há “um trabalho com a PEC da Transição” a fim de contemplar a recomposição orçamentária da Educação.
“Isso está sendo tratado e levantado. Mas nós temos uma questão adicional que é o 2022, que precisa ser resolvido para que não tenha essas pendências todas ano que vem. Temos as questões dos livros didáticos, que são muito importantes, para que não tenha prejuízo para estudantes e professores.”
Relacionadas
CartaExpressa
Lula elogia o trabalho de Múcio na Defesa: ‘É o ministro que eu quero’
Por CartaCapitalCartaExpressa
‘Errar faz parte’: a justificativa dos deputados que votaram contra a suspensão da dívida do RS
Por Wendal CarmoCartaExpressa
O que dizem os petroleiros sobre a demissão de Prates e a nova presidente da Petrobras
Por CartaCapitalCartaExpressa
Paulo Pimenta é escolhido por Lula como autoridade federal para atuar no RS
Por CartaCapitalApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.