CartaExpressa

TJ-SP declara inconstitucional norma que exige leitura da Bíblia em sessões da Câmara de Araraquara

Para relator, não compete ao Poder Público estabelecer uma preferência por determinada religião

Foto: Pexels/Creative Commons/Pixabay
Apoie Siga-nos no

O Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo declarou, por unanimidade, ser inconstitucional o artigo 148 do Regimento Interno da Câmara Municipal de Araraquara, que obriga a leitura de versículos bíblicos no início de cada sessão e a manutenção de uma Bíblia aberta durante os trabalhos.

O resultado do julgamento foi publicado nesta sexta-feira 17.

No acórdão, o relator, desembargador Luís Fernando Nishi, afirmou que não compete ao Poder Público estabelecer uma preferência por determinada religião.

Segundo Nishi, o artigo 19 da Constituição Federal “tem como escopo a garantia da liberdade religiosa, fundada na pluralidade e no respeito às diversas manifestações humanas, bem como na necessidade de o Poder Público se manter neutro em relação às diferentes denominações e crenças”.

O relator ainda apontou “ofensa aos princípios constitucionais da isonomia e do interesse público aplicáveis à Administração Pública”.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Relacionadas

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar