A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, estabeleceu nesta segunda-feira 21 o prazo de 48 horas para o juiz Antonio Claudio Macedo da Silva, da 10ª Vara Criminal da Justiça Federal em Brasília, enviar esclarecimentos sobre sua decisão de arquivar um pedido de investigação contra o tenente-coronel Mauro Cid.
No fim de julho, o magistrado afirmou que a sessão da CPMI do 8 de Janeiro destinada a ouvir o militar foi um “teatro político” e mandou encerrar uma representação contra o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro por abuso do direito ao silêncio.
A CPMI, então, recorreu ao Supremo para suspender a determinação do magistrado de Brasília. Cármen rejeitou o pedido, mas cobrou “informações pormenorizadas” de Macedo da Silva.
Ao se manifestar pelo arquivamento da ação, o juiz escreveu que a audiência com Cid teve o objetivo de “prolongar a polarização política que permeou as eleições presidenciais de 2022”. Ele argumentou ainda ter identificado “pressão psicológica” contra o militar, que não respondeu sequer aos deputados que questionaram a sua idade.
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