O Supremo Tribunal Federal formou maioria para manter a prisão preventiva do ex-deputado Roberto Jefferson. Até a noite de segunda-feira 22, quatro ministros seguiram o relator Edson Fachin, o que confirma, ao menos previamente, a negativa do habeas corpus solicitado pela defesa do dirigente do PTB que está preso desde o dia 13 de agosto a pedido da Polícia Federal.
A decisão que levou ele à cadeia foi tomada monocraticamente por Alexandre de Moraes, fazendo com que a jurisprudência do Supremo não permita que ela seja revertida com um habeas corpus, como pediu seus advogados.
O entendimento já consolidado na Corte pautou a decisão do relator Fachin que, até o momento, foi seguida por Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Rosa Weber e Ricardo Lewandowski. Moraes se declarou impedido de votar.
Além de preso, Jefferson está afastado preventivamente do comando do PTB também por decisão de Moraes. Na sua ausência, a liderança da legenda passou para as mãos de Graciela Nienov, conhecida como leoa conservadora. Com o aval de Jefferson, Nienov já expulsou do partido ao menos dois figurões da extrema-direita, o blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio e Cristiane Brasil, que é sua filha.
As mudanças promovidas por Nienov foram uma tentativa de atrair o presidente Jair Bolsonaro para o PTB. A manobra, no entanto, não foi bem sucedida. Como plano B, o partido chegou a convidar oficialmente o vice-presidente general Hamilton Mourão para compor seu quadro. O militar também não aceitou a proposta.
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