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Silas Malafaia recua e diz que associação de igreja não pagará ato pró-Bolsonaro

O dinheiro para financiar o ato, segundo o pastor, sairá da sua conta pessoal

Silas Malafaia e Jair Bolsonaro. Foto: Isac Nóbrega/PR
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O pastor Silas Malafaia afirmou, nesta sexta-feira 16, que a associação ligada à Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo não irá mais financiar o ato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), programado para ocorrer no final de fevereiro na Avenida Paulista.

Na quinta-feira, ele havia confirmado que o pagamento de toda a estrutura em que Bolsonaro fará seu discurso seria bancado pela associação religiosa. Após críticas, Malafaia informou que o dinheiro para financiar o ato contra a operação da Polícia Federal sairá da sua conta pessoal.

“Atenção: até agora nada foi pago do evento do dia 25/02. Nem a Assembleia de Deus Vitória em Cristo ou a Associação Vitória em Cristo vão pagar coisa nenhuma. […] A responsabilidade é minha e pessoal. Com o maior prazer farei isso em favor do Brasil”, afirmou, em nota, Silas Malafaia.

As críticas vieram pelo fato de que, tanto a igreja, quanto a associação comandada por Silas têm benefícios fiscais. O ‘desvio de função’ das doações de fiéis também gerou certa revolta após o anúncio.

Apesar do recuo, Malafaia defendeu a posição inicial de que a associação poderia, se quisesse, bancar um ato político. Segundo alegou, o custeio de manifestações públicas está no estatuto da entidade e, portanto, estaria ‘juridicamente amparado’. “Mesmo assim não pagará um centavo”, reforçou o religioso após a repercussão negativa da ação.

O ato convocado por Bolsonaro pretende, nas palavras do ex-capitão, fazer uma fotografia do tamanho de seu apoio político após ser alvo de uma operação da Polícia Federal. A ação da PF mirou o ex-capitão por suspeitas de articulação de um golpe de Estado.

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