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Redes sociais de Bolsonaro não são atualizadas desde que Carlos ‘pediu demissão’

Não há posts nos principais perfis mantidos pelo ex-capitão desde que o seu filho saiu da função de social media por ter sido ‘tratado de modo que nem rato merecia’

Jair Bolsonaro e Carlos Bolsonaro. Foto: Reprodução
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Os perfis do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas três principais redes sociais – Twitter, Instagram e Facebook – não são atualizados desde o dia 16 de abril, quando Carlos Bolsonaro ‘pediu demissão’ da função de social media do pai. Naquela ocasião, o vereador disse ter sido ‘tratado de modo que nem rato merecia’.

O último post divulgado nos perfis oficiais do ex-presidente segue a linha agressiva mantida por Carlos ao longo dos últimos anos. Na publicação, ataca as declarações de Lula (PT) durante sua passagem pela China, quando também responsabilizou a Ucrânia pela guerra contra a Rússia. “Lula, Dilma e Stedile, juntos, mais um vexame para a política externa brasileira”, escreveu naquela ocasião.

Antes, Bolsonaro vinha mantendo uma linha de postagens que exaltavam as políticas de seu governo. Chamava a atenção o tom usado, que, na maioria das vezes, dava a entender que Bolsonaro seguia no cargo de presidente. Em poucas ocasiões ele se referiu aos feitos como algo do passado.

O ‘silêncio’ do ex-capitão, importante mencionar, contrasta com a postura que aliados esperavam de Bolsonaro quando ele desembarcasse no Brasil. A intenção era usar o prestígio do ex-presidente entre eleitores mais radicais e barulhentos para dar eco às pautas da oposição nas redes sociais. O objetivo era que Bolsonaro ‘liderasse’ os parlamentares contra Lula também no ambiente virtual.

Na vida real, era esperado que Bolsonaro cumprisse ‘agendas eleitorais’ ao lado de aliados que vão concorrer a cargos públicos em 2024. Motociatas, inclusive, estavam no radar da cúpula do PL para alavancar o prestígio dos futuros candidatos do partido. Nada disso, porém, saiu do papel desde que Bolsonaro voltou ao País.

Integrantes da legenda, nos bastidores, têm reclamado da baixa intensidade da agenda do ex-presidente, que tem ouvido apenas ‘os aliados de sempre’, que sequer foram eleitos. Há ainda uma dedicação grande na elaboração de teses de defesa dos processos que correm contra ele do TSE e investigações no Supremo. Bolsonaro prestará depoimento nesta quarta-feira sobre sua ligação com os atos golpistas de 8 de Janeiro.

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