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Sumido das redes sociais, Bolsonaro agora se concentra no LinkedIn

Plataforma é voltada para o ambiente corporativo e comum entre quem procura um novo emprego

(Foto: Isac Nóbrega/PR)
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O presidente Jair Bolsonaro mudou drasticamente seu comportamento nas redes sociais desde que foi derrotado por Lula no dia 30 de outubro. Acostumado a fazer dezenas de publicações diárias no Twitter, Facebook e Instagram, o ex-capitão praticamente abandonou estas redes, migrando para o LinkedIn – uma plataforma voltada para o ambiente corporativo e comum entre quem procura um novo emprego.

Por lá, diferentemente do que fazia nas outras redes sociais, Bolsonaro evita discursos com bandeiras políticas e ideológicas e tem focado suas postagens — que passaram a ser diárias — em registrar feitos do seu mandato. O ex-capitão monta, pelas publicações, uma espécie de currículo. Novamente, o movimento é comum entre os usuários que procuram uma nova colocação no mercado de trabalho.

Além das postagens exaltando um suposto sucesso em seu governo, Bolsonaro também atualizou nos últimos dias os campos de ‘experiências profissionais’ e ‘competências’ disponíveis na plataforma. No primeiro, acrescentou os trabalhos de ‘político em tempo integral’ e ‘presidente da República desde janeiro de 2019’. Já no item ‘competências’, Bolsonaro diz ser um profissional com ‘estratégia’, capacidade de ‘resolução de problemas’ e adicionou ainda o termo ‘governo’.

Até o momento, a motivação para o ‘apagão’ de Bolsonaro nas redes sociais não está clara. Habitualmente, quem o orientava neste quesito era Carlos Bolsonaro. Seu filho, porém, deixou Brasília e voltou ao Rio de Janeiro para reassumir o cargo de vereador na cidade, posto do qual estava licenciado há 3 meses para atuar na disputa presidencial.

Segundo o jornal Extra, do Rio de Janeiro, outro fator que pode ter influenciado a mudança de comportamento de Bolsonaro nas redes sociais é o temor de ter a conta suspensa, como aconteceu com outros bolsonaristas que mentiram sobre o processo eleitoral. No LinkedIn, Bolsonaro reúne um menor volume de seguidores – 347 mil –, enquanto nas outras redes, somadas, passa de 50 milhões. A estratégia, diz a reportagem, o deixaria ‘menos visado’.

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