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PT endossa críticas de Lula ao BC, mas não adere automaticamente à defesa da regra fiscal
O Diretório Nacional informou que debaterá a proposta ‘no interior do partido, no Congresso e na sociedade’
O Partido dos Trabalhadores divulgou uma nota oficial nesta segunda-feira 10 sobre os primeiros cem dias do governo Lula. Por meio de seu Diretório Nacional, a legenda listou avanços promovidos pela gestão federal e demonstrou apoio às críticas do presidente ao Banco Central, mas não aderiu automaticamente à proposta de regra fiscal apresentada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Segundo o PT, a condução da política monetária pelo BC se baseia em uma atitude “suicida imposta pela diretoria que vem do governo anterior”. A taxa Selic em 13,75% ao ano está no centro da ofensiva à gestão de Roberto Campos Neto.
A cúpula diz “saudar o fim da nefasta Lei do Teto de Gastos”, imposta ao País durante o governo de Michel Temer (MDB), e se preparar para debater “no interior do partido, no Congresso e na sociedade as propostas de novas regras fiscais e de reforma tributária, tão logo sejam completamente conhecidas, reafirmando que a prioridade da política econômica é o desenvolvimento, a reindustrialização e o crescimento com geração de empregos e oportunidades”.
O arcabouço apresentado por Haddad em março estabelece uma relação entre a despesa e a receita, fixando o limite de crescimento dos gastos a 70% da variação da receita primária nos 12 meses anteriores. Por exemplo: se o total arrecadado for de 1.000 reais, o governo poderá subir suas despesas em no máximo 700 reais.
Se as alas à esquerda no PT veem o plano com reserva, Lula elogiou Haddad nesta segunda e disse ter certeza de que a regra fiscal será aprovada e gerará frutos ao País.
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