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Partido da ultradireita alemã não quer se associar a Bolsonaro, dizem analistas

A fama mundial do presidente como permissivo com o desmatamento na Amazônia deve restringir a divulgação da reunião com deputada extremista

Bolsonaro ao lado de Beatrix Von Storch, neta do ministro de Finanças do regime nazista, Lutz Graf Schwerin von Krosigk. Foto: Reprodução
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O partido ultradireitista alemão AfD, da deputada Beatrix von Storch, não deve explorar a visita da parlamentar ao presidente Jair Bolsonaro com a aproximação das eleições no país europeu.

Segundo analistas entrevistadas pelo jornal O Estado de S. Paulo, a fama mundial de Bolsonaro como permissivo com o desmatamento na Amazônia deve restringir a divulgação da reunião a publicações nas redes sociais de von Storch.

“Apesar de ser possivelmente reconhecido como positivo pelo núcleo duro de apoiadores do partido, eu diria que não ajuda a AfD com os indecisos, que não irão apreciar uma reunião com alguém responsável pelo enorme desmatamento de uma floresta”, afirma a diretora do programa Futuro da Democracia no think tank alemão Das Progressive Zentrum,Paulina Fröhlich, ao jornal.

“Ela [von Storch] vem como uma política da AfD, mas ela não faz para o partido, como estratégia de se conectar ao Bolsonaro. É em seu próprio proveito”, diz a jornalista Melanie Amann,  autora do livro Angst für Deutschland: Die Wahrheit über die AfD: wo sie herkommt, wer sie führt, wohin sie steuert (Medo pela Alemanha; a verdade sobre a AfD: de onde vem, quem a lidera e para onde está sendo liderada, em tradução literal).

“A política internacional da AfD é caótica. Eles não têm uma estratégia de como querem se colocar internacionalmente. Sempre há representantes do partido viajando ao redor do mundo”, acrescenta.

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