CartaExpressa
O mundo passaria fome se não fosse Bolsonaro, diz Guedes sem citar famintos no Brasil
País retrocedeu no que diz respeito a segurança alimentar e tem 33,1 milhões de pessoas que não tem o que comer
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta terça-feira 14 que as decisões do presidente Jair Bolsonaro (PL) impediram que o mundo sofresse com falta de alimentos durante a pandemia de Covid-19 e a invasão da Ucrânia pela Rússia.
Para o titular da pasta, que participou ao lado do ex-capitão da abertura do 5º Fórum de Investimentos Brasil 2022 em São Paulo, “o governo brasileiro está agindo com muita velocidade e reagindo à crise”.
No discurso, no entanto, Guedes não fez menção aos 33 milhões de brasileiros que passam fome, segundo o Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, divulgado na semana passada.
“A OMC fala que o Brasil é a reserva alimentar do mundo. O mundo passaria fome se não fosse a velocidade com que o presidente Bolsonaro está reagindo a crise, não só de forma interna, mas de forma externa”, disse o ministro. ” Trouxe 26 navios para o ano que vem e já garantiu a renovação da safra”.
No evento, Guedes ainda declarou que, ao contrário dos Estados Unidos e da Europa, o Brasil não vai sofrer com recessão nos próximos meses.
“Lá fora o mar é turbulento e vai piorar”, avaliou. “O Brasil é a maior fronteira de investimentos aberta hoje. Já estávamos decolando quando a Covid pegou. Eles [EUA e Europa] estão descendo, nós estamos começando a decolar”.
Relacionadas
CartaExpressa
Bolsonaro tenta retirar Zanin do julgamento de recurso contra inelegibilidade
Por CartaCapitalCartaExpressa
PGR avalia que Janones ‘ultrapassou limites’ ao chamar Bolsonaro de termos como ‘miliciano’
Por CartaCapitalCartaExpressa
PF suspeita que médico de Bolsonaro era funcionário fantasma na Apex em Miami
Por André LucenaCartaExpressa
Bolsonaro tenta retirar Zanin do julgamento de recurso contra inelegibilidade
Por CartaCapitalApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.