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‘Não vai vingar, é fumaça’, diz Boulos sobre aliança entre Lula e Alckmin
Pré-candidato ao governo de São Paulo pelo PSOL vê aproximação do petista com o tucano como ‘especulação política’
O pré-candidato ao governo de São Paulo pelo PSOL, Guilherme Boulos, disse não ver como ‘boa alternativa’ para Lula (PT) a possível aliança com o ex-governador Geraldo Alckmin em uma chapa em 2022.
O político disse ainda que a aproximação não passa de ‘especulação política’. As declarações foram dadas em entrevista ao apresentador José Luiz Datena, na rádio Bandeirantes nesta terça-feira 16.
“Eu acho que não vai vingar, sendo muito sincero. Acho que isso é fumaça. Tem muita especulação na política. Acho que uma aliança como essa não para em pé”, respondeu ao ser questionado sobre a possível chapa.
“E não acho também que ela seria uma boa alternativa pro Lula na disputa da Presidência da República. Vamos supor que derrotou Bolsonaro e estamos no Brasil em 2023: é terra arrasada. Não pensem que é o Brasil lá de 2003. É um Brasil com uma economia devastada, com desemprego lá em cima, com milhões de pessoas com fome. […] Pra enfrentar isso você vai ter que ter ousadia, ter pulso e ter lado de uma maneira firme. E, francamente, não acho que o Alckmin represente esse lado”, acrescentou.
Ainda sobre o tema, Boulos complementou que é preciso ‘aprender com a experiência de ter Michel Temer como vice da Dilma‘ para defender que Lula não componha uma chapa com alguém da centro-direita.
A aliança entre Lula e Alckmin, por enquanto, não é oficial. Na sexta-feira 12, o tucano teceu elogios ao ex-presidente e aliados indicaram ser possível a composição. O petista, por sua vez, disse ainda não pensar em vice, mas devolveu os elogios e não descartou a possibilidade.
‘Nada que não possa ser reconciliado’, disse o petista sobre as divergências históricas que travou com o ex-governador de São Paulo. Lula está na Europa onde reforça o discurso de que ainda não é candidato e vem sendo recebido por lideranças políticas da região, como o alto executivo da UE, Josep Borrell, e o futuro chanceler da Alemanha, Olaf Scholz.
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