CartaExpressa
Meta é ter a taxa de juros entre 7% e 8% no fim do ano, diz líder do governo
Randolfe Rodrigues declarou que o atual índice da Selic prejudica o crescimento
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder do governo no Congresso Nacional, declarou que a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem como meta chegar ao fim do ano com a taxa básica de juros em 8% ou 7%.
Randolfe argumentou que o alívio nos juros será possível em função da aprovação da reforma tributária, do novo arcabouço fiscal e da medida provisória que retoma o voto de desempate a favor do Ministério da Fazenda nos julgamentos do Conselho de Administração de Recursos Fiscais, o Carf.
“Não tem como o País crescer com o nível atual de juros. Se nós nos resignarmos aos 13,75%, a gente vai se conformar com 0,77% de crescimento ao final do ano. Nós não aceitamos”, afirmou Randolfe, no Palácio do Planalto, depois de uma reunião do governo. “Onde foi estabelecido que o debate da taxa de juros não pode ser feito pela sociedade e pela política?”
O questionamento ocorre no momento em que o presidente Lula faz críticas públicas à gestão de Roberto Campos Neto no Banco Central e à lei que deu autonomia à instituição.
Lula diz não haver “justificativa nenhuma” para a taxa de juros estar em 13,75%. O índice é mantido pelo Banco Central há quatro reuniões do Comitê de Política Monetária.
Relacionadas
CartaExpressa
PF conclui investigação e indicia servidora que aplicou provas por vazamento do Enem
Por CartaCapitalCartaExpressa
Testes em urnas eletrônicas reiteram que sistema de votação é seguro
Por CartaCapitalCartaExpressa
Crise no RS reforça necessidade de enfrentar a mudança climática e as fake news, diz Padilha
Por CartaCapitalApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.