O presidente Lula (PT) voltou a lamentar a morte de civis – especialmente de crianças – na Faixa de Gaza, região que está no centro do conflito armado entre Israel e o grupo Hamas. A declaração foi concedida nesta terça-feira 31, durante solenidade de sanção da lei que institui pensão especial para filhos de vítimas de feminicídio.
“Quando vejo 3 mil crianças na Faixa de Gaza morrerem por causa de uma guerra que elas não pediram… A gente tem até saudade de tempo em que guerra era soldado contra soldado”, disse o petista, ressaltando a importância de uma mesa de negociações para solucionar o conflito.
Lula também voltou a criticar a demora do Conselho de Segurança da ONU para aprovar uma resolução que peça um cessar-fogo em Gaza. Desde o início da nova etapa da guerra, em 7 de outubro, o colegiado barrou quatro propostas sobre o tema: uma brasileira, duas da Rússia e outra dos Estados Unidos.
“Estamos vendo pela primeira vez uma guerra em que a maioria dos mortos é criança. E ninguém tem responsabilidade, e não conseguimos fazer uma carta da ONU convencendo as pessoas que estão ganhando de que não é possível. Parem, pelo amor de Deus”, acrescentou o presidente.
Os bombardeios israelenses contra a Faixa de Gaza provocaram mais de 8.500 mortes, segundo o mais recente boletim das autoridades locais. No enclave, 2,4 milhões de palestinos vivem sob cerco total desde o início do mês. Há escassez de água, comida, medicamentos e combustível.
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