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Lula defende o fim de programa para escola cívico-militar: ‘Não é obrigação do MEC’

Apesar do anúncio do governo, governadores decidiram manter ou ampliar o número de unidades cívico-militares

O presidente Lula (PT). Cláudio Kbene/PR
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O presidente Lula afirmou nesta sexta-feira 14 não caber ao Ministério da Educação a tarefa de implementar e gerenciar escolas cívico-militares. A declaração foi concedida durante a cerimônia de sanção da lei do programa Mais Médicos, no Palácio do Planalto.

O governo federal decidiu nesta semana encerrar o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares. O MEC enviou um ofício aos secretários de Educação informando que a iniciativa será finalizada e pediu uma cuidadosa transição das atividades, para não comprometer o cotidiano das escolas.

Apesar do anúncio da gestão Lula, ao menos 19 estados decidiram manter ou ampliar o número de unidades cívico-militares.

“Ainda ontem, o Camilo [Santana, ministro da Educação] anunciou o fim do ensino civico-militar. Sabe por quê? Não é a obrigação do MEC cuidar disso. Se cada estado quiser criar, que crie. Se cada estado quiser continuar pagando, que continue“, disse Lula nesta sexta. “O MEC tem de garantir a educação civil, igual para todo e qualquer filho de brasileiro ou brasileira.”

O Pecim era a principal bandeira do governo de Jair Bolsonaro para a educação, executado em parceria entre o MEC e o Ministério da Defesa. Por meio dele, militares atuam na gestão escolar e na gestão educacional. O programa conta com a participação de militares da reserva das Forças Armadas, policiais e bombeiros militares.

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