O ministro Ricardo Lewandowski, estabeleceu nesta sexta-feira 17 o prazo de 48 horas para o governo de Jair Bolsonaro se manifestar sobre a inclusão de crianças de 5 a 11 anos no plano de vacinação contra a Covid-19.
Lewandowski publicou a determinação no âmbito de um pedido apresentado pelo PT, que se baseia na decisão anunciada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, na última quinta-feira 16, de autorizar a imunização de crianças com a vacina da Pfizer.
“Incluindo-se um cronograma que viabilize a cobertura vacinal adequada de toda a população infantil antes da retomada das aulas, bem como a previsão de um dia nacional (Dia D) para vacinação, ou mesmo a designação de possíveis datas para a realização de grandes mutirões de incentivo e vacinação”, diz trecho do pedido do PT.
O presidente Jair Bolsonaro, contrariado com a decisão da Anvisa, disse na quinta-feira que pais têm “direito de saber” os nomes dos profissionais da agência que aprovaram a vacinação de crianças.
Nesta sexta, a Associação de Servidores da Anvisa publicou uma nota de repúdio à intenção do governo federal de expor os técnicos. No texto, a organização chamou a medida de “método abertamente fascista” com possíveis “resultados trágicos”.
A Anvisa também repudiou as ameaças de Bolsonaro. Em nota, o órgão citou nominalmente o presidente da República e disse que “se encontra no foco do ativismo político violento”.
“A Anvisa está sempre pronta a atender demandas por informações, mas repudia e repele com veemência qualquer ameaça, explicita ou velada que venha constranger, intimidar ou comprometer o livre exercício das atividades regulatórias e o sustento de nossas vidas e famílias: o nosso trabalho, que é proteger a saúde do cidadão”, diz a nota.
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