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Haddad não conta com a saída antecipada de Campos Neto do Banco Central

Em viagem à China, o ministro disse entender que ‘tudo está convergindo para harmonizar o fiscal e o monetário’

Cédula de 200 reais
O presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto. Foto: Raphael Ribeiro/BCB Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, no lançamento da nova nota de R$ 200,00. Foto: Raphael Ribeiro/BCB
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira 13 não contar com a possibilidade de o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, deixar o cargo antes do término de seu mandato, em dezembro de 2024.

“Não, eu conto com a baixa dos juros”, declarou Haddad a um jornalista na China. “Agora, quero crer, o Banco Central tem uma janela de oportunidade, que eu espero que seja aproveitada, para que o Brasil possa pensar em crescimento econômico sustentável.”

Na viagem, o ministro disse entender que “tudo está convergindo para harmonizar o fiscal e o monetário” e que já há “sinais evidentes” de que chegou o momento para iniciar uma mudança na trajetória dos juros.

Uma apresentação divulgada pelo Banco Central na quarta-feira 12, com a assinatura de Campos Neto, expôs as alegações da instituição para manter a taxa básica de juros, a Selic, em 13,75% ao ano. “A inflação caiu, mas as pressões permanecem. O componente de demanda da inflação no Brasil é relativamente forte”, diz um trecho do documento. “As expectativas de inflação de longo prazo estavam ancoradas em 2022, mas desde novembro iniciou-se um processo de deterioração.”

Após a apresentação da nova regra fiscal, o governo Lula espera uma redução da Selic no próximo encontro do Copom, em maio.

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