Governo federal recomenda monitoramento eletrônico a quem praticar violência contra a mulher

Recomendação foi feita pelo Ministério da Justiça e consta no Diário Oficial desta quarta-feira

Foto: TIAGO STILLE/DIVULGAÇÃO/GOV. DO CEARA

Apoie Siga-nos no

O governo federal decidiu recomendar o monitoramento eletrônica para quem praticar violência doméstica e familiar contra a mulher. A medida consta em um documento elaborado pelo Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, publicado na edição desta quarta-feira 17 do Diário Oficial da União (DOU).

O órgão, que é vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, argumentou que a recomendação pode suprir uma lacuna da Lei Maria da Penha, que não prevê, especificamente, que o monitoramento eletrônico como medida protetiva de urgência aos casos de violência doméstica e familiar.

A Lei Maria de Penha, aliás, até prevê um conjunto de medidas protetivas de urgência para os casos de violência para a mulher, mas esse rol não é restrito. Nesse sentido, qualquer medida legal que possa ser usada para inibir casos dessa natureza podem ser utilizados, considerando decisões judiciais.

“Sempre que possível, será disponibilizado à pessoa em violência doméstica e familiar o uso de Unidade Portátil de Rastreamento (UPR), com ou sem dispositivo para acionamento direto da órgãos de segurança pública, visando criar áreas de exclusão dinâmicas, com o objetivo de proteção e prevenção de novas violências”, diz um trecho do documento publicado hoje.

A medida é impulsionada não apenas pelo crescimento dos casos de violência doméstica contra a mulher, mas pelo aumento de cerca de 20%, entre 2022 e 2023, no número de medidas protetivas de urgência concedidas por conta dos casos de violência doméstica e familiar.

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Relacionadas

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.