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Flávio reclama da divulgação do cartão de vacinas de Bolsonaro: ‘Questão de foro íntimo’

O ex-presidente alega não ter se vacinado contra a Covid-19 e em diversas ocasiões desestimulou a imunização

Flávio reclama da divulgação do cartão de vacinas de Bolsonaro: ‘Questão de foro íntimo’
Flávio reclama da divulgação do cartão de vacinas de Bolsonaro: ‘Questão de foro íntimo’
Jair e Flávio Bolsonaro. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
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O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) reagiu nesta quarta-feira 15 à notícia de que a Controladoria-Geral da União deve retirar o sigilo imposto sobre o cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A tendência é de que os dados estejam liberados, via Lei de Acesso à Informação, nas próximas semanas.

“Trata-se de uma questão de foro íntimo, não tem nenhuma relação com o fato de ele ter sido presidente ou não. Se ele optou por não se vacinar, é por conta e risco dele”, afirmou o parlamentar ao jornal Folha de S.Paulo. Ele classificou a publicação do documento como um ato “inadequado” e “até uma ilegalidade”.

No início de fevereiro, o ministro da CGU, Vinícius de Carvalho, disse ao veículo considerar “legítimo” o debate sobre o tema. Bolsonaro alega não ter se vacinado contra a Covid-19 e em diversas ocasiões desestimulou a imunização.

“Há uma discussão quando se está diante de uma política pública de vacinação no meio de uma pandemia. As pessoas eram estimuladas ou desestimuladas a se vacinarem e isso gerava impacto no índice de contaminação, nas mortes. Em uma situação como essa, será que há interesse público numa carteira de vacinação de uma autoridade pública? A discussão é legítima e a decisão vai ser tomada pela área técnica da CGU”, declarou Carvalho na ocasião.

No último dia 3, a CGU anunciou que analisaria 234 casos de sigilo estabelecidos durante o governo do ex-capitão. Na lista também estão as visitas dos filhos de Bolsonaro ao Palácio do Planalto e o processo disciplinar no Exército contra o general Eduardo Pazuello, agora deputado federal pelo PL do Rio de Janeiro.

A reavaliação dos casos foi determinada pelo presidente Lula (PT) ainda no dia da posse, em 1º de janeiro. Segundo o documento, a CGU teria 30 dias para analisar os sigilos.

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