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‘Eu me senti desqualificado’, diz presidente do PDT de Minas após crítica de Ciro a pré-candidato
‘Não sei o que veio fazer aqui saindo ontem do PT e se filiando ao PDT’, afirmou Ciro sobre Miguel Corrêa
O presidente do PDT de Minas Gerais, Mário Heringer, afirmou se sentir “desqualificado” após as críticas de Ciro Gomes ao pré-candidato do partido ao governo mineiro, Miguel Corrêa.
Disse Ciro em entrevista à CNN Brasil na quinta-feira 26: “Esse cidadão que se apresenta como candidato do PDT em Minas Gerais não é do PDT e não será candidato. Inclusive, é inelegível, porque tem ficha suja. Não sei o que veio fazer aqui saindo ontem do PT e se filiando ao PDT. Desse falo publicamente, porque não é companheiro”.
Nesta sexta, ao portal G1, Heringer disse se sentir “desqualificado para ficar nesta posição”.
“Se o que eu faço não serve, ou não está certo, acho melhor abrir espaço para alguém que conheça melhor o partido. Eu sou PDT desde 1982 e me filiei ao PDT quando resolvi ser candidato em 2001. Este é meu único partido. Estava fazendo todo esforço pela campanha deste ano.”
Acrescentou, porém, que votará em Ciro e não deixará de fazer campanha pelo presidenciável pedetista.
Em 8 de maio, em entrevista à TV Paranaíba, Miguel Corrêa afirmou que defenderá Ciro e estará ao lado dele “nessa caminhada”, mas acrescentou que “o grande objetivo desta eleição é derrotar Bolsonaro”.
Miguel Corrêa ainda disse que “Lula está para o Brasil como Nelson Mandela está para a África do Sul” e que “a grandeza do presidente Lula e a capacidade que ele tem de solução e de governar são infinitamente superiores”.
“O Ciro, para mim, é o que pode ser diferente disso. É uma campanha que possa se apresentar para pensar o Brasil do futuro e, por consequência, avalio que ele teria todas as condições técnicas para conduzir o País, de domínio da gestão política”, avaliou Corrêa na ocasião. “Eu tenho um carinho e proximidade com Ciro e Lula. A vitória do Ciro é ter Lula no governo do Brasil. Da mesma forma quando Lula ganhou as eleições, Ciro esteve à frente de um ministério, tenho certeza de que estará novamente se for o caso de Lula vencer.”
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