Mais um presidenciável sugere revogar a reforma trabalhista caso eleito. Ciro Gomes (PDT) afirma que, se eleito, irá promover mudanças no texto.
“É preciso muita flexibilidade para entender novas atividades, o home office, o trabalho remoto, uma série de questões que precisam avançar na legislação”, afirmou Ciro em entrevista à rádio BandNews neste domingo 23. “Mas nunca a direção pode ser a precarização do trabalho, como essa que foi feita, muito menos sufocar os sindicatos.”
Em 2018, o pedetista chegou a sugerir revogar a reforma, mas contemporizou. Disse que, ao falar em “revogar”, fez uso de um “cacoete de professor”. “Não sou contra reforma, sou contra esta.”
A reforma, ao que tudo indica, será um dos pontos cruciais no debate eleitoral em 2022. Há algumas semanas, Lula e outras lideranças petistas acenaram com a possibilidade de reformar o texto. A alteração das regras promovida por Michel Temer (MDB) não cumpriu nem parte dos avanços prometidos, pelo contrário, é apontada como precarizante e causadora do elevado desemprego registrado atualmente.
Outro candidato a tratar do tema foi Jair Bolsonaro (PL). O presidente, no entanto, adotou o caminho contrário, indicando que pretende aprofundar ainda mais o corte de direitos promovidos por Temer. Em entrevista recente, o ex-capitão distorceu números e elogiou o emedebista pela reforma.
Sergio Moro (Podemos) e João Doria (PSDB) foram outros candidatos a adotarem posturas parecidas com Bolsonaro. O ex-juiz e o tucano criticaram o ‘revogaço’ anunciado por Lula e outros líderes petistas.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login