Expoentes da Lava Jato, Deltan Dallagnol e Sergio Moro criticaram nesta quarta-feira 6 a decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, de invalidar os elementos de prova obtidos no acordo de leniência da Odebrecht. O despacho do magistrado também classifica a prisão do presidente Lula na Lava Jato como “um dos maiores erros judiciários da história do País”.
Deltan, ex-procurador e deputado federal cassado, alegou que “o maior erro da história do País não foi a condenação do Lula, mas a leniência do STF com a corrupção de Lula e de mais de 400 políticos delatados pela Odebrecht”. Também disse que “os ladrões comemoram enquanto quem fez a lei valer é perseguido”.
O ex-juiz e hoje senador Sergio Moro, por sua vez, disse que a Lava Jato agiu “dentro da lei” e que trabalhará no Senado “pelo direito à verdade, pela integridade e pela democracia”. Ele ainda atacou o PT e ligou o partido à prática de corrupção.
A decisão de Toffoli reproduz uma série de diálogos de Moro e Deltan no Telegram, obtidos a partir da ação de hackers. O material faz parte dos arquivos da Operação Spoofing. As conversas demonstram a proximidade extraoficial entre o chefe da acusação e o responsável por julgar os processos da Lava Jato, com pedido de recursos e orientações sobre como conduzir as investigações.
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