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CPMI do 8 de janeiro tem 797 requerimentos para serem votados
Próxima reunião é nesta terça-feira 6; Bolsonaro está entre os alvos principais dos pedidos
A CPMI que apura os atos golpistas de 8 de Janeiro tem 797 requerimentos aguardando votação. A informação é do site O Tempo.
A maioria dos documentos trata de pedidos de convocação para depoimentos. Boa parte, esclarece a publicação, tem teor repetido.
Ainda de acordo com o balanço do site, um dos alvos mais visados é o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que tem, além de pedidos de convocação, solicitações para quebras de sigilos telefônicos e bancários.
Governistas também estão no centro da disputa dos parlamentares na comissão. Conforme mostrou CartaCapital na semana passada, o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) pediu a quebra de sigilos do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.
A CPMI também deve mirar militares do alto escalão, sendo boa parte deles aliados de primeira ordem de Bolsonaro. Walter Braga Netto, Augusto Heleno e Mauro Cid são alguns dos alvos dos integrantes do colegiado.
Em outra frente, deputados do PSOL solicitaram que presos que relataram a participação de igrejas evangélicas no financiamento dos atos golpistas sejam ouvidos. Há um líder religioso na mira dos requerimentos de Erika Hilton e Henrique Vieira. A intenção é avançar sobre a participação das igrejas nos ataques.
A previsão é de que os primeiros requerimentos sejam votados na terça-feira 6, quando o grupo se reunirá para a segunda reunião de trabalho. No encontro, o cronograma de atuação também será apresentado.
Neste domingo, a relatora Eliziane Gama (PSD-MA) já afirmou que o colegiado será rigoroso com os depoentes. ‘Quem mentir, será preso’, resumiu a senadora ao jornal O Globo. Ao longo da semana ela também sinalizou de que Bolsonaro pode ser convocado em breve. Antes, porém, será preciso levantar indícios do papel cumprido pelo ex-capitão na tentativa de golpe.
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