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Como será o depoimento de Bolsonaro sobre o caso das joias

Apenas o local da oitiva não foi divulgado por questões de segurança

Jair Bolsonaro. Foto: Evaristo Sá/AFP
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O depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no caso que apura a tentativa de apropriação ilegal de luxuosas joias sauditas deve ocorrer na tarde desta quarta-feira 5 e pretende esclarecer qual o nível de envolvimento do ex-capitão no caso.

Por questões de segurança, a Polícia Federal, que tomará o depoimento do ex-presidente, não divulgou o exato local da oitiva, mas o ex-capitão deve ser ouvido presencialmente em Brasília, acompanhado de advogados. O depoimento tem previsão de início às 14 horas e 30 minutos.

Durante a oitiva, é esperado que agentes da PF questionem Bolsonaro em três pontos principais. O primeiro deles é justamente a exata origem das joias e as motivações para o alto volume de presentes que partiram da realeza saudita.

Depois, os policiais tentarão ouvir de Bolsonaro explicações sobre as motivações de seus aliados para não declararem os objetos ao chegarem ao Brasil. A intenção também é entender quem, de fato, entregou os itens luxuosos, quem recebeu os kits e quais eram os destinos finais das joias. A ideia é esclarecer se Bolsonaro sabia da existência dos itens desde a sua origem ou foi comunicado apenas após a apreensão.

Por fim, o depoimento tem como objetivo esclarecer com que profundidade Bolsonaro se envolveu no tema e se partiu dele as ordens para tentar, além de trazer ilegalmente as joias, manter os itens no acervo pessoal, contrariando recomendações legais.

Para tentar refazer a linha dos acontecimentos, a PF também deve ouvir o tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro naquela ocasião. É possível ainda que Marcelo Câmara, ex-segurança de Bolsonaro, e Julio Cesar Vieira Gomes, ex-chefe da Receita Federal, também sejam ouvidos nesta quarta-feira. Os três estariam envolvidos diretamente na tentativa de liberação e apropriação do kit de joias avaliado em mais de 16 milhões de reais.

Publicamente, Bolsonaro tem dito não ver ilegalidade no caso. Em uma das menções mais recentes aos pacotes de joias, feita ainda nos Estados Unidos, Bolsonaro disse não entender o motivo do tema ter se tornado um ‘escândalo’ no Brasil. Naquela ocasião, um terceiro pacote luxuoso havia sido revelado. Por determinação do TCU, o kit avaliado em mais de 500 mil reais foi devolvido nesta terça-feira.

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