CartaExpressa
‘Cenário sombrio’, diz médica que recusou convite para Ministério
‘O que vi e aprendi na medicina e ciência está acima de ideologia ou expectativa que não seja pautada em ciência’, afirmou Ludhmila Hajjar
Após recusar o convite do presidente Jair Bolsonaro para assumir o Ministério da Saúde, a cardiologista Ludhmila Hajjar afirmou nesta segunda-feira 15 que não concordou com medidas como o uso de cloroquina e outros medicamentos sem comprovação científica para Covid-19.
“Não é o momento de assumir a pasta, o que vi e aprendi na medicina e ciência está acima de ideologia ou expectativa que não seja pautada em ciência”, argumentou, pontuando que o Brasil precisa “pautar a sua atuação pela ciência para sair do sufoco”, disse em entrevista à CNNBrasil.
Ao G1, a médica declarou que “não houve convergência técnica entre nós [ela e o presidente]”.
“Cenário no Brasil é bastante sombrio. O Brasil vai chegar em 500 mil, 600 mil mortes”, ressaltou ao comentar o atual momento da pandemia.
Relacionadas
CartaExpressa
Lula e nove ministros voltam ao Rio Grande do Sul neste domingo
Por Carta CapitalCartaExpressa
Comandante do Exército prepara viagem à China
Por CartaCapitalCartaExpressa
STF envia à Justiça Eleitoral investigação contra Ricardo Coutinho, ex-governador da Paraíba
Por CartaCapitalApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.