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Católicos rejeitam Bolsonaro, evangélicos ainda o toleram, diz pesquisa

O ex-capitão é ‘ruim’ ou ‘péssimo’ para 61% dos católicos e ‘bom’ ou ‘ótimo’ para 41% dos evangélicos

Católicos rejeitam Bolsonaro, evangélicos ainda o toleram, diz pesquisa
Católicos rejeitam Bolsonaro, evangélicos ainda o toleram, diz pesquisa
Presidente Jair Bolsonaro segura Bíblia durante culto em Manaus, em 26 de novembro de 2019 (Foto: Carolina Antunes/PR)
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A avaliação do trabalho do presidente Jair Bolsonaro (PL) entre o eleitorado católico é bem diferente da avaliação entre o eleitorado evangélico.

Ao todo, 61% dos brasileiros que vão à Igreja Católica indicam que o atual governo é ‘ruim’ ou ‘péssimo’, enquanto 41% dos que frequentam a Igreja Evangélica apontam que a gestão do ex-capitão seria ‘boa’ ou ‘ótima’.

Católicos que marcam a opção ‘bom’ ou ‘ótimo’ para se referir ao atual presidente somam apenas 23%. Já os evangélicos que indicam não gostar do trabalho de Bolsonaro e o avaliam como ‘ruim’ ou ‘péssimo’ somam 39%.

A ‘vitória’ entre os evangélicos também marca uma inversão na avaliação. Há apenas 15 dias, a maioria deste eleitorado (41%) apontava Bolsonaro como ‘ruim’ ou ‘péssimo’ e apenas 35% diziam o contrário. Vale ressaltar, no entanto, que o novo resultado ainda está longe da melhor avaliação de Bolsonaro no grupo, registrada em agosto de 2021, quando tinha 50% de ‘bom’ ou ‘ótimo’ contra 34% de ‘ruim’ ou ‘péssimo’.

Os dados são da nova pesquisa PoderData, divulgada nesta quinta-feira 17, que também mediu a avaliação geral dos eleitores brasileiros. Neste aspecto, Bolsonaro tem um desempenho ainda negativo, com 56% dos entrevistados indicando que o governo seria ‘ruim’ ou ‘péssimo’ e apenas 28% de ‘bom’ ou ‘ótimo’.

A pesquisa também apontou na quarta-feira 16 que Lula (PT) segue na liderança da corrida eleitoral com 40% das intenções de voto. Bolsonaro reúne apenas 31% e está em segundo lugar. Sergio Moro (Podemos) tem 9% e Ciro Gomes (PDT) apenas 4%.

A PoderData ouviu 3 mil pessoas por telefone. A margem de erro é de 2 pontos percentuais e o índice de confiança é de 95%.

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