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Bolsonaro menciona 1964 e projeta entregar o governo ‘bem lá na frente’ em ‘eleições limpas’

A 8 dias da votação, o ex-capitão tem uma situação delicada, segundo as pesquisas

Bolsonaro, ao lado de Michelle, em ato de campanha voltado para mulheres. Foto: Silvio AVILA / AFP
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a mencionar 1964, o ano do golpe que derrubou João Goulart e mergulhou o Brasil em uma ditadura da qual o País só sairia 21 anos depois. Ele também voltou a dizer que pretende deixar o governo “bem lá na frente”.

O ex-capitão tem situação delicada no cenário eleitoral. Lula (PT) chegou a 50% dos votos válidos e pode vencer a disputa no primeiro turno, segundo uma pesquisa Datafolha divulgada na última quinta-feira 22. Na comparação com o levantamento anterior, da semana passada, o petista oscilou dois pontos para cima.

Considerando a margem de erro, Lula tem entre 48% e 52%. Para triunfar na primeira rodada, ele tem de obter mais de metade dos votos válidos, excluindo nulos e brancos. Bolsonaro, por sua vez, anota 35%, um ponto a menos que na pesquisa passada.

“Não sabemos explicar muitas vezes esses momentos. Vivemos 22, 35, 64, 2016 foi marcante para todos nós, 2018 também. Temos pela frente 2022”, disse Bolsonaro na sexta 23 durante evento evangélico com mulheres em Contagem (MG). “Peço sabedoria para que a gente possa, lá na frente, bem lá na frente, entregar, para quem me suceder, democraticamente e numa eleição limpa, a continuidade do governo brasileiro.”

Mais cedo, ele havia repetido a alegação de que vencerá o pleito no primeiro turno e afirmou que “devemos botar um ponto final nesse abuso que existe por parte de outro Poder”.

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