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Bolsonaro faz um governo paralelo, diz Lula sobre escândalos no MEC
Ex-presidente criticou a forma de governar do atual presidente ao citar casos nos Ministérios da Saúde e Educação
O ex-presidente Lula (PT) classificou nesta quinta-feira 24 o governo do presidente Jair Bolsonaro como ‘ilegítimo’ e ‘paralelo’. Após projetar sua vitória nas eleições de 2022, o petista condenou os recentes escândalos que revelaram a existência de ao menos dois gabinetes paralelos na atual gestão, um na Saúde e outro na Educação. A declaração foi dada em entrevista à rádio Super Notícia, de Minas Gerais.
“Se eu ganhar, o clima em Brasília será mais leve. As pessoas estarão com mais esperança, porque estarão acreditando que temos um governo legítimo e não um governo paralelo”, afirmou Lula.
“No caso do Bolsonaro, ele não governa o Brasil. Ele tem tudo paralelo na vida dele. A vacinação foi paralela, montaram quase uma quadrilha para comprar vacina, ao mesmo tempo descobrimos a Educação paralela, dirigida com fins específicos para alguns setores da igreja”, acrescentou o petista em seguida.
Para Lula, os dois episódios citados demonstram que Bolsonaro ‘não está e nem nunca esteve preparado para governar o Brasil’.
A avaliação do petista sobre atual governo ocorreu logo após o ex-presidente explicar qual será o perfil do seu novo mandato, caso as urnas confirmem a sua vitória, apontada em todas as pesquisas eleitorais.
“As pessoas têm uma preocupação sobre qual é o Lula de 2022. Obviamente, que eu não posso voltar a ser de 1989, porque estou algumas décadas mais velho e mais experiente”, disse.
“Tenho dito para todo mundo: eu não posso voltar e empatar o jogo, fazer igual, eu tenho que fazer mais. Empresários e o sistema financeiro sabem do que sou capaz. O povo trabalhador também sabe. Tenho a capacidade de conversar com todos os setores, sem distinção. Mas todos precisam saber que o Lula de 2023, embora vá governar para todos, vai ter um pedacinho de carne a mais no prato dos mais pobres”, explicou Lula.
Na entrevista, o petista também voltou a afirmar que pretende revogar o teto de gastos e sinalizou novamente que pretende fazer mudanças na política de preços da Petrobras.
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