CartaExpressa
Banqueiros não precisam do Estado, mas exigem superávit primário, ironiza Lula
Em evento em Brasília, o presidente também fez uma provocação aos ‘grandes empresários’ brasileiros
O presidente Lula (PT) voltou a provocar os banqueiros nesta quarta-feira 3, durante a 12ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, em Brasília.
No evento, ele afirmou ter sido eleito para atender a uma parcela da população que de fato precisa do governo federal.
“Os banqueiros não precisam do Estado, mas exigem que o Estado faça superávit primário e coloque à disposição deles bilhões”, disse o petista. “Os grandes empresários não deveriam precisar do Estado, mas precisam do Estado, porque vivem pegando dinheriro emprestado do Estado. É assim em muitos outros setores.”
O superávit primário representa um resultado positivo das contas do governo, sem considerar os juros da dívida pública.
Segundo o presidente, quem precisa do Estado é “o povo trabalhador, é a classe média baixa, que paga 80% de Imposto de Renda”.
“Porque rico também paga muito pouco Imposto de Renda. Quem paga é quem trabalha e recebe contracheque no fim do mês”, prosseguiu. “Não posso perder de vista que dentre os 203 milhões de brasileiros tem uma maioria que precisa do Estado, de emprego, de salário, de saúde, de educação, de transporte coletivo, de casa para morar. São esses que a gente tem de priorizar.”
Relacionadas
CartaExpressa
Lula elogia o trabalho de Múcio na Defesa: ‘É o ministro que eu quero’
Por CartaCapitalCartaExpressa
‘Errar faz parte’: a justificativa dos deputados que votaram contra a suspensão da dívida do RS
Por Wendal CarmoCartaExpressa
O que dizem os petroleiros sobre a demissão de Prates e a nova presidente da Petrobras
Por CartaCapitalCartaExpressa
Paulo Pimenta é escolhido por Lula como autoridade federal para atuar no RS
Por CartaCapitalApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.